Mais slow fashion, menos fast fashion

09:34


Acompanhando o blog Compra-se um Fusca, da Marieli, acabei descobrindo a moda slow ou slow fashion. Coincidentemente, teve tudo a ver com o que eu tenho pensado nos últimos tempos sobre consumismo, moda e sustentabilidade. Resolvi compartilhar com vocês porque foi um achado e tanto que me fez repensar as compras que já fiz e as roupas que tenho hoje.

A moda slow tem a ver com sustentabilidade. De acordo com o post da Bruna Miranda, do blog Slow Living, slow fashion é uma alternativa à produção em massa e também reúne a ética e a diminuição do consumismo tão exagerado nos dias de hoje. É sobre termos consciência e ética a respeito daquilo que consumimos e, também, sobre manter a qualidade dos produtos valorizando uma diversidade social, cultural e ecológica.

Em poucas palavras, é algo que vai na contramão do que se prega no mundo da moda. Enquanto somos incentivadas a consumir sempre, não importa a marca, a moda slow tenta ir contra isso. O conceito me lembra muito o do minimalismo, que diz respeito a termos consciência do que possuímos. Há alguns valores que são prioritários quando se trata de uma alternativa ao fast fashion como, por exemplo, o respeito às pessoas e colocar o a mão de obra e fornecedores locais em primeiro lugar. O Slow Down Fashion fez uma compilação com os 10 valores do slow fashion, que consegue explicar de um jeito bem fácil cada um deles.

Fonte: Hej Doll | "Compre menos, escolha bem, faça durar." 


A primeira vez que a expressão "consumo consciente" me veio à cabeça foi em uma discussão com a minha professora de física, que contava o quanto ela valorizava uns produtos feitos por um senhor que os vende em Serra Negra. Ela disse que pagava mais caro com orgulho, pois incentiva o negócio dele. Foi aí que comecei a pensar nesse tópico. Daí foi a minha vez de ir para Serra Negra e encontrei uma senhorinha vendendo toquinhas de tricô. Não resisti: acabei comprando uma toquinha, super bem feita e de uma senhora que amava o que fazia. Foi uma sensação muito boa contribuir para o trabalho dela, uma vez que tenho certeza de que fiz uma boa contribuição e ainda obtive um produto de qualidade.

Muitas vezes, optamos por comprar em lojas de departamento justamente pelo preço. Conseguimos comprar várias camisetinhas a um preço, às vezes, bastante convidativo. Mas, por trás desse aspecto aparentemente maravilhoso para o nosso bolso, há um desperdício e em muitos casos uma exploração de mão de obra absurda (melhor dizendo: trabalho escravo). Casos como o da Zara refletem um pouco desse submundo da moda, em que há escravos produzindo aquilo que compramos e achamos lindo e conveniente para o bolso.

Resolvi, então, ir atrás de marcar sustentáveis e que vão na contramão do fast fashion e descobri alguns posts com listas dessas marcas como o "6 marcas de slow fashion que você precisa conhecer", da Lilian Pacce e esse vídeo abaixo, da Marieli, com 7 marcas de moda sustentável:


 
É muito difícil ser sustentável o tempo todo em um mundo no qual somos induzidas a não seguirmos um estilo de vida mais consciente. Porém, acredito que uma grande mudança é feita aos poucos e acho que temos que começar de algum lugar. Como eu acredito que a moda reflete muito o que somos e o que pensamos, achei que vale a pena cultivarmos hábitos mais sustentáveis até mesmo na moda.

Por uma vida mais slow.
Nalu

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