Ciência

Meditação e corrida para combater a depressão

09:35

Fonte: @voltwomen, no Instagram
Ao praticarmos exercícios físicos, os benefícios vão além de um corpo mais saudável: a nossa mente também fica mais saudável. Isso é explicado pela liberação de endorfina, que regula nossas emoções e funciona como um analgésico natural, durante a prática esportiva. Ocorre que, para pessoas que têm depressão, muitas vezes sair da cama já é uma grande conquista e a prática esportiva é quase impossível por vários motivos: desmotivação, cansaço, falta de confiança, ansiedade entre tantos outros.

Como aqui no blog um dos meus objetivos é dar dicas que possam ser úteis para vários tipos de pessoas, resolvi compartilhar aqui um estudo recente que associa a prática da meditação e da corrida no auxílio para combater a depressão. Vale lembrar que essas atividades não substituem o acompanhamento psiquiátrico e terapêutico, ok? Mas fato é que elas podem ser ferramentas muito poderosas para lidar melhor com essa doença.

A combinação de treino físico e mental, conhecida como treino MAP, de acordo uma linha de pesquisa, poderia ajudar e muito pessoas que sofrem de depressão. Brandon Alderman, especializado também em psicofisiologia, conduziu um estudo com jovens seriamente afetados pela depressão e o resultado foi de que 40% em média deles, com o treino MAP, conseguiram reduzir seus sintomas. Essa pesquisa foi publicada na Nature.com e pode ser acessada clicando aqui.

O motivo pelo qual o treino funcionou ainda não é conhecido. Porém, Brandon e seus colegas acreditam que sua eficácia pode estar relacionada à neurogênese, a geração de neurônios. Pessoas com depressão geram menos neurônios que pessoas as quais não sofrem dessa doença. Inclusive, na matéria a qual é a base para este post, é dito que acredita-se que a eficácia de antidepressivos também esteja ligada a isso, aumentando a neurogênese.


O aumento da geração de neurônios não foi ainda observada em humanos mas, em um estudo conduzido com animais, também publicado na Nature, foi possível observar que exercícios aeróbicos, especialmente a corrida, podem dobrar a quantidade de neurônios no cérebro de ratos. Porém, eles não vivem muito tempo. A meditação entra justamente na tentativa de mantê-los vivos por mais tempo, visto que estas células podem ser recuperadas ao se aprender algo novo.

Na tentativa de combinar corrida com meditação, Brandon conduziu um novo estudo com 52 jovens, 22 dos quais foram diagnosticados com depressão maior. Ao combinar 30 minutos de meditação e 30 de corrida duas vezes por semana durante oito meses, tanto os jovens saudáveis mentalmente quanto aqueles com depressão alegaram diminuição de sintomas depressivos - especialmente os já diagnosticados - e seus resultados em um teste de controle cognitivo melhoraram.

O porquê da eficácia dessa combinação continua sendo uma incógnita. A teoria agora é de que o hipocampo é associado à memória, de curto prazo especificamente, e à aprendizagem. Com a prática da meditação, aprende-se a identificar desvios de atenção e a voltar o foco para onde ele deveria estar, ou seja, no momento presente.

Um estudo anterior, também conduzido por Brandon, diminuiu pela metade depressivos de um grupo de mulheres que haviam sofrido abusou físico ou sexual, tinham algum vício e eram sem-teto. Esse estudo pode ser conferido clicando aqui.

Foi um desafio e tanto tomar por base um texto todo inglês e sobre ciência, mas achei que a experiência foi super positiva e fiquei feliz de trazer isto para o blog.

Caso você esteja vivenciando tristeza e desânimo constantes, pensamentos suicidas ou apenas sente que algo em você não está emocionalmente saudável, consulte um psiquiatra e um psicólogo para te auxiliarem no tratamento. Depressão não é frescura: é uma doença séria que merece nossa atenção.

Nalu

Fonte: Running and meditation change the brains of the depressed

Por aí

Festival da Independência Animal, no Vegan Park

13:26

Domingo passado, dia 10, estava rolando lá no Vegan Park (Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 83), na Vila Mariana, uma feira vegana. Como tenho muita vontade de aderir ao veganismo, achei que seria uma boa oportunidade para experimentar algumas comidas veganas e para ver como que funcionava a feira.

O evento contou com muitas comidas variadas, adoção de cães e gatos, música e até produtos como xampu e pasta de dente veganos e bem naturais. Fiz alguns registros e vou contar para vocês o que achei das comidinhas e do ambiente em si.

Achei o ambiente super amigável, leve, foi uma experiência muito gostosa. Foi um momento em que pude observar várias pessoas, veganas e não veganas, como a minha família, saboreando os pratos e vivendo aquela atmosfera super bacana, a qual é reflexo, ao meu ver, de um movimento com uma causa bastante nobre. Foi uma experiência bem diferente, mesmo para mim. Para o meu pai e irmão, tenho certeza de foi tudo bem excêntrico, já que eles amam carne e comem todo dia. Churrasco é com eles mesmos.

Nesse primeiro prato, uma feijoada vegana, apimentada, e que tinha até mesmo coco!
Custou R$20 e fiquei surpresa com a forma como os ingredientes acabaram combinando. Eu nunca imaginaria que coco poderia ficar bom desse jeito como em uma feijoada.


Hamburguer de grão de bico maravilhoso que meu irmão devorou em poucos minutos. Estava uma delicia e estou para dizer que foi o que mais gostei das comidas que provei no evento.

Linguiça de jacabresa (à base de jaca) que meu pai pediu, por R$17. 
Ficou super molinha e confesso que a consistência não me agradou tanto, mas o sabor estava ótimo.

Este foi o meu prato: bife de mostarda e alcaparra, também à base de jaca e também por R$17. 
Confesso que não sei é a jaca que deixou tanto a linguiça quanto o bife mais moles, mas eu preferia que eles estivessem mais durinhos. O gosto foi diferente de tudo que já comi, achei leve e gostei bastante.

A sobremesa foi um churros gourmet vegano, que custou R$10 e estava uma delícia.



Os cosméticos aos quais me referi no começo do post são da Unevie. Todos veganos e artesanais: desde creme dental natural (que eu estou testando) até gloss e velas.
Por fim, acabamos passando na feirinha de adoção e confesso que, se pudesse, traria todos aqui pra casa <3

O saldo dessa experiência foi extremamente positivo. Fiquei com ainda mais vontade de aderir ao veganismo e de contribuir mais para a causa. É muito bom sentir que estou contribuindo para algo que considero importante e essencial.

Nalu

Minimalismo

"A ascensão do lowsumerism", por Box 1824

10:26

O último post do blog foi sobre slow fashion e moda sustentável e, em função disso, resolvi falar um pouco mais sobre consumismo. Assisti a um vídeo da Marieli sobre como e por quê consumir menos e, nele, ela indicou um outro vídeo chamado "The rise of lowsumerism" (em português "A ascensão do consumismo").

Ontem eu me peguei pensando sobre o quanto a gente consome sem precisar. Entrei em uma loja de departamento no shopping e me deparei com várias camisetas bonitinhas e acabei desejando comprar pelo menos uma delas. Ainda bem que não comprei porque eu não preciso de mais camisetas mas, sim, criar mais combinações legais com as peças que eu já tenho. Fui também a uma outra loja a qual tinha várias roupas de marcas como Les Lis Blanc e Bobô só que por um preço mais "acessível" (isso depende do bolso de cada um) e via as pessoas segurando vários shorts e vestidos e tive vários pensamentos naquele momento.

A mídia nos impõe a mentalidade de que necessitamos ter cada vez mais coisas e, claro, coisas cada vez mais modernas. Nisso, acabamos acumulando, descartando e nos endividando em função dessa mentalidade que, ao meu ver, tem tudo para nos levar ao fundo do poço. O problema é romper com esse pensamento consumista e passar a consumir de forma mais consciente. No vídeo abaixo, da Box 1824, são abordados tanto como esse consumismo exagerado começou quanto questionamentos que podemos fazer a nós mesmos para sermos menos consumistas:


Os impactos do consumo exagerado atual vão além de acumularmos coisas em nossas casas: acabamos prejudicando o meio ambiente e nos tornando cada vez mais ansiosos e dependentes do ato de comprar para sermos felizes. Ainda que agora tenhamos acesso a coisas que podemos alugar ao invés de comprar, o nosso desejo de consumi-las continua conosco. Cada vez mais nos distanciamos de um consumo consciente e que preserve ao máximo o meio ambiente e nossa saúde mental.

Alguns dos questionamentos abordados no fim do vídeo para que passemos a consumir menos são sobre a real necessidade de termos que comprar algo, se não estamos comprando em função da publicidade e se sabemos a origem daquele produto e aonde ele vai quando for descartado. São pequenos passos para que a gente comece a mudar as nossas atitudes, afinal, deve-se começar de algum lugar, certo?

Nesta palestra do TED, também sobre lowsumerism, há informações mais detalhadas sobre o conteúdo do vídeo acima e que podem dar uma dimensão maior do quanto consumimos de forma exagerada e, na maioria das vezes, sem um propósito.

Queria terminar esse post dizendo que, mesmo em meio a uma cultura consumista, podemos e devemos fazer a nossa parte pelo planeta e pela nossa própria vida, afinal, merecemos uma vida mais rica de coisas que realmente importam para nós (e não me refiro a roupas, ok?)

Nalu

Moda

Mais slow fashion, menos fast fashion

09:34


Acompanhando o blog Compra-se um Fusca, da Marieli, acabei descobrindo a moda slow ou slow fashion. Coincidentemente, teve tudo a ver com o que eu tenho pensado nos últimos tempos sobre consumismo, moda e sustentabilidade. Resolvi compartilhar com vocês porque foi um achado e tanto que me fez repensar as compras que já fiz e as roupas que tenho hoje.

A moda slow tem a ver com sustentabilidade. De acordo com o post da Bruna Miranda, do blog Slow Living, slow fashion é uma alternativa à produção em massa e também reúne a ética e a diminuição do consumismo tão exagerado nos dias de hoje. É sobre termos consciência e ética a respeito daquilo que consumimos e, também, sobre manter a qualidade dos produtos valorizando uma diversidade social, cultural e ecológica.

Em poucas palavras, é algo que vai na contramão do que se prega no mundo da moda. Enquanto somos incentivadas a consumir sempre, não importa a marca, a moda slow tenta ir contra isso. O conceito me lembra muito o do minimalismo, que diz respeito a termos consciência do que possuímos. Há alguns valores que são prioritários quando se trata de uma alternativa ao fast fashion como, por exemplo, o respeito às pessoas e colocar o a mão de obra e fornecedores locais em primeiro lugar. O Slow Down Fashion fez uma compilação com os 10 valores do slow fashion, que consegue explicar de um jeito bem fácil cada um deles.

Fonte: Hej Doll | "Compre menos, escolha bem, faça durar." 


A primeira vez que a expressão "consumo consciente" me veio à cabeça foi em uma discussão com a minha professora de física, que contava o quanto ela valorizava uns produtos feitos por um senhor que os vende em Serra Negra. Ela disse que pagava mais caro com orgulho, pois incentiva o negócio dele. Foi aí que comecei a pensar nesse tópico. Daí foi a minha vez de ir para Serra Negra e encontrei uma senhorinha vendendo toquinhas de tricô. Não resisti: acabei comprando uma toquinha, super bem feita e de uma senhora que amava o que fazia. Foi uma sensação muito boa contribuir para o trabalho dela, uma vez que tenho certeza de que fiz uma boa contribuição e ainda obtive um produto de qualidade.

Muitas vezes, optamos por comprar em lojas de departamento justamente pelo preço. Conseguimos comprar várias camisetinhas a um preço, às vezes, bastante convidativo. Mas, por trás desse aspecto aparentemente maravilhoso para o nosso bolso, há um desperdício e em muitos casos uma exploração de mão de obra absurda (melhor dizendo: trabalho escravo). Casos como o da Zara refletem um pouco desse submundo da moda, em que há escravos produzindo aquilo que compramos e achamos lindo e conveniente para o bolso.

Resolvi, então, ir atrás de marcar sustentáveis e que vão na contramão do fast fashion e descobri alguns posts com listas dessas marcas como o "6 marcas de slow fashion que você precisa conhecer", da Lilian Pacce e esse vídeo abaixo, da Marieli, com 7 marcas de moda sustentável:


 
É muito difícil ser sustentável o tempo todo em um mundo no qual somos induzidas a não seguirmos um estilo de vida mais consciente. Porém, acredito que uma grande mudança é feita aos poucos e acho que temos que começar de algum lugar. Como eu acredito que a moda reflete muito o que somos e o que pensamos, achei que vale a pena cultivarmos hábitos mais sustentáveis até mesmo na moda.

Por uma vida mais slow.
Nalu

Pessoal

Empatia e conexão com outras realidades

18:07

Ilustração por Elly Smallwood 

Esse ano fui à Parada LGBT, em SP. Fiquei um pouco lá e, quando já estava planejando voltar para casa, minha mãe e eu encontramos um rapaz chamado William, jogado na calçada. Tinha vômito em volta dele e muita gente passava e não fazia nada. Nós o acordamos e tentamos conversar com ele e ajudá-lo. Ele contou que tinha se desencontrado com os amigos na Parada e, não se lembrava como, tinha ido parar na calçada.

Nesse dia, eu tive um insight ainda maior sobre quanta empatia falta no mundo. William ficou completamente desamparado, sem as menores condições nem de se expressar. Pedia abraços e carinho. Ligamos para seu pai e um amigo e nenhum dos dois foi até lá buscá-lo. Foi um choque de duas realidades, a partir do qual eu tentei me conectar com ele e entendê-lo e auxiliá-lo da melhor forma possível. Acho que isso é empatia.

Segunda-feira passada, minha mãe e eu conhecemos Cauã e sua mãe Ana Paula no metrô. Ele tem 8 anos, é bem pequeno, e está na luta contra um câncer em um osso do pé, o qual gerou vários pequenos tumores e, por consequência, uma deficiência. Cauã tinha cortado o dedão do pé na escada rolante. Não lhe ofereceram cadeira de rodas, nem o levaram a um hospital. Conversando um pouco mais, Cauã começou a se abrir mais e expressava a tristeza dele com relação ao pé e ao sapato que perdeu, por conta do acidente. É de Itapevi e vem de uma família que não dispões de muitos recursos, motivo pelo qual criamos uma vaquinha online para ajudá-lo.

Nas duas situações, me deparei com um mar de gente que só olhava para frente e para o celular, ignorando o que estava ocorrendo no entorno. Ignorando pessoas como o William e como o Cauã, pessoas que precisavam de ajuda, que necessitavam de acolhimento e, principalmente, de empatia.

Dizem que falta amor no mundo. Digo mais: falta empatia. Falta nos colocarmos no lugar das outras pessoas e tentarmos compreender suas situações. A ausência da compaixão e da empatia me fez acreditar que não havia esperanças, que isso havia morrido e cada vez mais estaria ausente. Que bom que me enganei. Nos dois primeiros dias, mesmo antes de criar a vaquinha, arrecadamos R$158 para ajudar o Cauã. No mesmo dia, presenciei situações em que pessoas se apoiavam, tentavam se fortalecer em conjunto, se amparavam. Foi aí que eu percebi que a empatia ainda existe, cabe a nós torná-la algo cada vez mais parte do nosso dia a dia.

Quando nos sentimos mal e temos aquela vontade de receber um abraço, ter com quem compartilhar nossas lágrimas, reconhecemos a importância de uma companhia. Quando nos tratam mal, nos desprezam, lembramos do quão bom é nos sentirmos amadas e valorizadas. Quanto mais mentalizarmos o quão positivo é o impacto das boas atitudes na nossa vida, mais conseguiremos valorizar até os gestos mais simples, mais conseguiremos preencher o nosso cotidiano de atitudes positivas para nós e para com os outros.

A empatia vai existir enquanto houver pessoas dispostas a praticá-la. Que tenhamos mais atenção à nossa volta, que possamos saber como interferir em uma situação delicada na vida de outra pessoa: que possamos cultivar mais empatia e amor no nosso cotidiano. Pequenas atitudes tem um poder maior do que imaginamos. O sorriso e o agradecimento, tanto de William como de Cauã, me fizeram acreditar mais uma vez que vale a pena cultivarmos essas atitudes nas nossas relações com as outras pessoas.

Nalu

Feminismo

Feminismo: maternidade compulsória, paternidade opcional

13:43

Outras Palavras
Desde quando me aprofundei um pouco mais no movimento feminista, acabei descobrindo outros temas que ele aborda. Um deles é a maternidade, alegando que ela é compulsória. Como amanhã é Dia dos Pais e, nessa semana, a Folha fez questão de passar por mais uma polêmica com relação ao papel do pai na criação dos filhos, achei conveniente trazer este tema para o blog.

A maternidade compulsória consiste no fato de a ela ser imposta às mulheres desde pequenas. Isto se dá de várias maneiras, mas uma das mais evidentes é presentear filhas com bonecas e filhos com carrinhos. Essa diferença nos presentes é um dos meios pelos quais se empurra o ato de ser mãe às meninas.

Além dos presentes, nota-se o tratamento diferenciado da sociedade às mulheres que não querem ter filhos. Alega-se que a mulher só se realiza quando tem filhos, que é papel da mulher tê-los e que toda mulher nasceu para a maternidade. Desta forma, empurra-se, mais uma vez, a maternidade para as mulheres.

O fato de ela ser compulsória contrasta com a paternidade opcional. Aos homens, ter filhos é uma questão de opção: se quiser, lindo! Se não quiser, tudo bem também. Não é atribuído aos homens a obrigação de ter filhos, como ocorre com as mulheres.

Ao dever da mulher de engravidar, parir e criar, aliam-se a pressão social para que ela engravide até uma certa idade, a romantização da maternidade, a cobrança para que as mulheres sejam super-mães e o descaso de homens para com a criação de seus filhos, podendo até rejeitar e abandonar a criança e a mãe. Vamos item por item.

1. Pressão social: já começa na adolescência, com aquelas perguntas de "Você não pensa em ter filhos?" ou "Como assim você não quer ter filhos?!". Já na idade adulta, este tipo de cobrança continua e é acompanhada por uma outra relacionada à idade: passou dos 30, já tem que ter filhos.

2. Romantização da maternidade: não sou mãe, mas o que mais se vê hoje é a sociedade alegando que engravidar é mágico e que a maternidade é linda. Para algumas mulheres, sim, é uma transformação mágica mas, para outras, é um pesadelo. Nas propagandas, mães e filhos interagem muito bem, a mãe tem uma feição que demonstra o quão realizada se sente mas nem sempre é assim que as coisas funcionam. A maternidade é individual e cada mulher a vivencia de uma forma e não se deve impôr padrões a elas com relação a como lidam com ser mãe.

3. A cobrança: a sociedade exige que a mãe seja tudo, inclusive, pai. Exige que ela concilie trabalho fora de casa com faxina, filhos e consigo mesma. Partindo do fato de que a divisão das tarefas dentro da grande maioria das casas não se dá de forma igual entre homem e mulher, conciliar tudo isso fica ainda mais difícil. Impõe-se o padrão de que as mãe devem ser fitness, modernas, sorridentes e plenas, mesmo diante de tudo o que tem que fazer. As mães deveriam poder ser simplesmente mães.

4. O descaso masculino: já virou rotina pais que abandonam seus filhos, que não pagam pensão, que se recusam a exercer o papel de pai. Sobrecarregando ainda mais as mães e aparecendo quando é conveniente, homens por vezes não cuidam tanto dos seus filhos quanto as mães. A paternidade é opcional aos homens a partir do momento em que a sociedade não os condena por não exercerem seu papel de pais e a maternidade é compulsória quando alega que toda mulher deve ter filhos, além de condenar sua conduta para com eles.

Quis fazer esse resumo para tentar ilustrar um pouco sobre este tema, tão comentando no feminismo. Não há problema nenhum em querer ser mãe, em se sentir realizada com isso, mas há problema quando isso é imposto às meninas e mulheres só pelo fato de serem do sexo feminino. Quanto mais a maternidade é romantizada, menos se ouve o que as mulheres tem a dizer sobre ela, menos atenção se dá às mulheres e, com isso, elas perdem a voz sobre um tema de extrema importância.

Espero ter conseguido explicar esse tema de uma forma fácil e compreensível. Acho que já está mais do que na hora de refletirmos seriamente sobre isto.

Nalu

Dicas

5 canais para começar a praticar yoga

17:18

Pinterest
Estamos muito comprometidas em bater nossas metas diárias com relação ao trabalho e à faculdade, mas nem sempre temos este mesmo comprometimento com a nossa saúde. A rotina estressante, cheia de tarefas que devem ser cumpridas no menor tempo possível e o desgaste acabam com a nossa saúde. Por mais que as consequências desse cotidiano sejam a longo prazo, a gente tem que dar uma atenção especial para nós mesmas.

Eu não faço academia e não pratico nenhum esporte mas, de um tempo para cá, resolvi que faria pelo menos 5 minutos de yoga todos os dias, ao acordar ou antes de começar a estudar, para aliviar a tensão. Escolhi alguns canais com vídeos de sequências de yoga bem curtinhas para quem, assim como eu, quer ter uma rotina mais saudável e equilibrada:

Yoga with Adriene

YOGABODY®

LivestrongWoman

POPSUGAR Fitness

TaraStiles

Desde que comecei a fazer yoga, notei o quanto meu humor melhora e eu me sinto mais disposta para começar o dia. Além disso, quando eu faço antes de estudar, me sinto mais relaxada mental e fisicamente. Quando faço após os estudos ou logo antes de dormir, é como se a tensão do dia fosse liberada naqueles 5 minutos e meu sono, consequentemente, melhora muito. Notei também que ajuda a melhorar o meu nível de concentração, além de reduzir o estresse e aliviar a tensão que a gente acumula no corpo ao longo do dia.

Em resumo, tem sido uma experiência muito boa praticar um pouquinho de yoga todos os dias e espero que seja da mesma forma para você, que também tem interesse nessa prática e procura uma qualidade de vida maior.

Nalu