Minimalismo: 2 questionamentos para praticar o desapego

07:42

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Há um tempo, notei que acumulava muitas coisas no meu quarto e até mesmo no computador e no celular. Lembro que comecei a questionar se eu realmente tinha motivo para guardar todos os meus livros quando já não havia mais espaço na estante, mas não acho que a gente só possa ter a noção do quanto a gente acumula quando chegamos ao limite. E foi nesse contexto que eu descobri o minimalismo.

Esse conceito não significa que não podemos consumir ou que a nossa casa inteira deve ser branca com alguns tons de cinza na decoração. Minimalismo é sobre ter aquilo que realmente importa para nós e, para mim, isso vai além de objetos físicos e pode se relacionar até ao que acumulamos na nossa mente.

Aliando nossas tensões diárias à uma cultura na qual somos estimuladas a termos sempre mais e mais, acabamos nos tornando grandes acumuladoras. Isso faz com que a gente guarde objetos sem nenhum valor pelo simples fato de tê-lo. É aí que entra o minimalismo, com esse primeiro questionamento: o que realmente importa para você?

Esse questionamento só pode ser respondido por você e só deve ser respondido após uma reflexão sobre a vida em si. Posicione-se no meio do seu quarto e foque sua atenção em um momento consigo mesma. Olhe atentamente à sua volta, procurando observar de fato o que você tem no seu quarto. Isso ajuda a identificar quanta coisa de fato acumulamos. Assim que nota-se a quantidade de objetos que possuímos, pode chegar até a bater um desespero. Ao invés disso, lide com a situação do momento, com esse segundo questionamento: agora que tenho tudo isso, o que posso fazer com essa situação?
My Best Wish
Comece onde você está. Não adianta almejar ter apenas 3 camisetas no guarda roupa e 5 livros na estante de uma hora para outra. Avaliada a situação, há maneiras criativas de se livrar daquilo que não é mais útil para nós. Através de vendas em sites como o Enjoei e doações, acabamos fazendo com o que já não nos é mais necessário venha a sê-lo para outra pessoa.

O desapego de objetos materiais é algo que podemos fazer de vez em quando, mas a ideia que deve permanecer é a de que a gente precisa prestar atenção ao que consumimos e manter conosco aquilo que realmente tem valor. Assim como não queremos acumular dentro de nós sentimentos que não são importantes, não é certo que façamos isso com objetos materiais.

O desapego é um processo lento e não é natural, considerando toda a nossa cultura. Como crescemos aprendendo que quanto mais bens possuímos, maior valor temos, fica difícil se livrar de certos bens materiais. É um processo que deve ser feito ao seu próprio tempo. Envolve paciência, reflexão e conexão com a ideia.

Acredito que merecemos uma vida leve, na qual possamos desfrutar do que realmente importa (ou seja, do que não é necessariamente material) e acredito, também, que o minimalismo é uma forma de alcançar uma vida mais equilibrada. Para ajudar vocês a aplicar este conceito nas suas rotinas, selecionei um link do blog da Roberta Melim com 8 perguntas para te ajudar a desapegar.

Por uma vida mais leve.
Nalu

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